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Bruxismo: rangerde dentes pode tirar sono e causar dores de cabeça

Publicado em 21 de agosto de 2023

Segundo Organização Mundial da Saúde (OMS), 40% da população brasileira sofre com o problema

Você tem dores de cabeça frequentes? Se sim, a causa pode ser o bruxismo, uma condição que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 30% da população mundial sofrem com o problema. No Brasil, o sintoma atinge cerca de 40% dos cidadãos.

O bruxismo é uma desordem funcional caracterizada pelo ranger ou apertar dos dentes de forma involuntária e muitas vezes inconsciente. Segundo a Prof.ª Dra. Matilde Sposito, médica fisiatra especialista em bloqueios neuroquímicos, o distúrbio pode afetar todos os sexos e idades.

“O bruxismo pode afetar homens e mulheres, é menos frequente em idosos. Apesar disso, atinge todas as idades, o distúrbio já pode ser observado em crianças, diminuindo a frequência com o passar dos anos. Muitas vezes, os pacientes não têm consciência de que estão sofrendo com o distúrbio. Momentos de estresse ou ansiedade e problemas na articulação podem ser a causa do ranger dos dentes”, diz.

O bruxismo é uma forma de contração involuntária dos músculos da mandíbula, especialmente do masseter – um dos quatro músculos da mastigação – que também pode provocar o desgaste dos dentes. 

Bruxismo do sono e em vigília: principais diferenças

Há diferentes tipos de bruxismo, mas existem duas formas principais: o do sono e o de vigília. Ambos podem ser causados por doenças neurológicas e psiquiátricas. 

O bruxismo do sono ocorre após o paciente dormir. A condição causa dores nos músculos da face e dor ao abrir a boca ao acordar. Além disso, a pessoa pode sentir sono durante o dia e ter a sensação de que não dormiu direito.

Já o bruxismo em vigília ou diurno ocorre quando o paciente está acordado. A condição pode ser caracterizada por distonia, que é a contração dos músculos de forma involuntária. Além disso, efeitos colaterais de remédios podem causar o problema.

A Dra. Matilde ressalta que ambas as formas de bruxismo têm impactos negativos na qualidade de vida:

"O bruxismo pode levar a fraturas dentárias, sensibilidade e dores faciais. Além disso, a pressão exercida pelo ranger dos dentes pode afetar a musculatura facial e a articulação temporomandibular, resultando em dores de cabeça frequentes e outros desconfortos”, explica

Tratamento e cuidados

O tratamento para o bruxismo varia dependendo do tipo e da gravidade do distúrbio. Dra. Matilde comenta que, em alguns casos, a abordagem inicial pode ser com o uso de placas oclusais, dispositivos feitos sob medida que ajudam a proteger os dentes e reduzir o impacto do ranger durante o sono. Além disso, técnicas de relaxamento e redução do estresse também podem ser recomendadas.

“Hoje o padrão ouro de tratamento é com toxina botulínica aplicada nos masseteres temporais e outros músculos mandibulares envolvidos no  movimento da mandíbula”, enfatiza a médica fisiatra.

Além do tratamento, algumas medidas podem ser adotadas para prevenir o bruxismo e minimizar seus efeitos. A Dra. Matilde destaca a importância de manter uma rotina de sono adequada, evitar o consumo excessivo de cafeína e álcool antes de dormir, praticar atividades que promovam o relaxamento, como meditação e exercícios físicos. Todos esses cuidados também têm que ser associados com uma boa saúde mental.

"Cada paciente é único, e o tratamento deve ser adaptado às suas necessidades específicas. Por isso, é fundamental buscar a ajuda de um profissional qualificado para identificar as causas subjacentes do bruxismo e implementar o tratamento mais adequado”, completa Dra.Matilde.

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