Doença acomete a musculatura corporal em decorrência de traumas neurológicos e se tratada em seu estado inicial inibe seu agravamento
Você já ouviu falar da espasticidade muscular? Ela é o aumento involuntário da contração muscular, levando os músculos a se contraírem de maneira que perdem a capacidade de relaxar. A doença afetando os movimentos e as atividades mais básicas presentes no dia a dia, como tomar banho e se alimentar.
As causas do problema podem surgir como consequências de uma lesão neurológica, como paralisia cerebral, paciente que sofreram traumatismo craniano, encefalite, entre outras doenças relacionadas. A Prof.ª Dra. Matilde Sposito, médica fisiatra especialista em bloqueios neuroquímicos, comenta sobre os sintomas.
“Diferente da rigidez muscular em que o corpo diminui a amplitude dos movimentos simples como levantar-se, a espasticidade tem como sintomas os espasmos, dores e deformidades articulares na área afetada”, explica Dra. Matilde.
O que a espasticidade afeta?
A espasticidade está diretamente relacionada com a inflamação do tônus muscular, que é responsável pelo repouso dos músculos e auxilia na postura corporal para cada movimento. O estado reduz durante o sono, quando o corpo relaxa mais, mas volta a se desenvolver ao despertar.
“O tônus muscular está diretamente relacionado com os estímulos do sistema nervoso. Sabe quando você toca em uma superfície muito quente e tira a mão para não se queimar? O tônus é um dos responsáveis por isso. Sem ele, a gente teria muita dificuldade de se movimentar”, comenta a médica fisiatra.
Como é feito o diagnóstico?
Se a pessoa está com dualidade de se movimentar após ter sido diagnosticada uma lesão neurológica, é importante procurar um médico especialista de confiança para fazer o diagnóstico e começar o tratamento.
O especialista faz um exame físico, para averiguar os níveis de rigidez do tônus muscular. O médico também pode usar a goniometria, uma medida do arco de movimento da articulação afetada.
Além disso, o especialista pode fazer testes de habilidades de membros superiores, escalas funcionais. O médico escuta o paciente e o seu acompanhante para saber como o problema está afetando na vida diária e se há a presença de dor ao se movimentar.
Como o médico fisiatra pode ajudar?
O médico fisiatra é um especialista em realizar o tratamento de doenças relacionadas às dores crônicas e limitações físicas, no caso da espasticidade, o tratamento é feito através de bloqueios neuroquímicos com aplicação intra-muscular da toxina botulínica que auxilia no alívio das dores e relaxa o local afetado.
“O tratamento da espasticidade varia de acordo com o grau de intensidade de cada paciente. O que pode ajudar a aliviar os sintomas são exercícios indicado pelo especialista em reabilitação neurológica. Em alguns casos, pode indicar medicamentos e bloqueios neuroquímicos”, comenta Dra. Matilde.
