O acidente vascular cerebral (AVC) pode deixar grandes sequelas nos pacientes. Fisiatra explica sobre o assunto e os cuidados necessários.
O acidente vascular cerebral, mais conhecido como AVC, é uma alteração vascular a nível cerebral que pode ser isquêmica ou hemorrágica. A Prof.ª Dra. Matilde Sposito, médica fisiatra especialista em bloqueios neuroquímicos, explica mais sobre o tema: “Quando é AVC hemorrágico, normalmente acontece o rompimento de um vaso sanguíneo cerebral e o derramamento de sangue. Já o isquêmico acontece quando por algum motivo existe a falta de oxigênio para uma área cerebral. Normalmente, um trombo que obstruem um vaso sanguíneo e causa a lesão”, explica.
Quando uma pessoa sofre um acidente vascular cerebral, algumas sequelas podem ocorrer e essas podem ser permanentes. “As sequelas mais comuns são as motoras. Um hemicorpo, ou seja, um lado do corpo fica comprometida. A lesão cerebral leva a falta de movimento num primeiro momento, e em seguida evoluem para um aumento de tônus, ou seja, espasticidade, o que dificulta o movimento e as atividades de vida diária”, elucida Profª Dra. Matilde.
E é possível retomar à rotina normal após um acidente vascular cerebral? A médica esclarece. “Tudo vai depender da extensão do AVC. É possível que a pessoa evolua sem sequelas ou com um nível de mínimo de comprometimento que não interfere nos aspectos principais da sua vida. Porém, dependendo da extensão, essa pessoa pode ficar até tetraplégica. Então, retornar a vida normal depende da extensão da lesão e do processo reabilitacional”, fala.
Para quem vai conviver com uma pessoa portadora de AVC, a especialista ressalta a importância de buscar orientações de um especialista. “Existem cuidados e modos de cuidar que facilitam muito a vida do cuidador, e este tipo de orientação é dada pelo fisiatra com base em cada caso, adaptando de acordo com as necessidades do paciente”, diz Profª. Dra. Matilde.
E como fica a qualidade de vida após? A médica comenta o que pode acontecer. “A qualidade de vida vai depender muito da extensão da lesão, das sequelas e da área cerebral afetada. Mas por mais extensa que seja a lesão sempre existe um processo reabilitacional que pode ser feito para melhorar a qualidade de vida, não só do paciente, mas também da família que de repente tem uma pessoa deficiente dentro de casa”, esclarece.
A especialista fala sobre como evitar o AVC. “A melhor forma de evitar um acidente vascular cerebral é cuidando da saúde. Existem doenças de base que são as causas mais comuns, entre ela: hipertensão arterial, cardiopatias, excesso de colesterol no sangue favorecendo a formação de trombos, entre outras. Por isso, mantenha seus exames em dia e busque por uma vida saudável”, finaliza a fisiatra.
